Gunther Von Hagens – Médico ou açougueiro?
* Rafaela Santana
Estudante de Jornalismo/ Proutora de Tv
Texto retirado do Blog Linhas Mortais
Disciplina de Revista da Faculdade
Texto retirado do Blog Linhas Mortais
Disciplina de Revista da Faculdade

Chegamos ao século XXI e nos deparamos com algo que chocou

O alemão considera-se continuador de uma tradição iniciada por ninguém menos que Leonardo da Vinci, gênio renascentista considerado o precursor da anatomia moderna, ele dissecou mais de 30 corpos em uma época em que a Igreja punia severamente a prática. O anatomista ficou rico e famoso com suas "obras de arte" feitas de cadáveres. Em entrevista ao nosso blog, o psicólogo e professor universitário, Carlos Roger Sales, falou que: “Ela nos inquieta como só arte que aproxima do humano pode fazer. Ele nos mostra uma maneira forte como é a vida e a finalização desta. Mas se você for ver de perto, ele coloca os corpos como se estivessem vivos. Deste modo, ele fala mais da vida que da morte.”

Milhares de pessoas visitaram a exposição Body Words no mundo todo. As opiniões são variadas: Médico ou açougueiro? Essa foi uma das avaliações feitas por pessoas que visitaram a exposição, de autoria do anatomista. É normal a adoração ao corpo morto? “Fazemos isso de certo modo quando velamos alguém. É uma adoração ao que foi e não é mais. Uma maneira de manter a memória. Imagens e símbolos religiosos têm uma função bem semelhante”, respondeu Roger. Será que o trabalho dele chega a beneficiar a medicina ou é só uma espécie de show bussiness? Uma pergunta de difícil resposta, pois a pouco tempo ele fez uma autopsia ao vivo em um canal de TV, onde dissecou o cadáver de um homem de 72 anos na frente de uma platéia de 350 pessoas que disputaram os valiosos ingressos . Assim que ele fez o primeiro corte com o bisturi, a platéia veio abaixo. Aquilo que Von Hagens faz para uns é considerado arte, quanto para outros é simplesmente um show de horrores, que explora o corpo humano da maneira mais vulgar. Com certeza, é melhor do que o “nosso jornalismo policial” que gosta de exibir corpos baleados e esfaqueados. “Mas se o artista o fez de um modo respeitoso e explicativo, por que não?” Expõem Roger. Von Hargens afirma que seu trabalho tem cunho educativo, o público pode comparar os pulmões de um fumante e de um não-fumante e ver os estragos que o álcool causa ao fígado, por exemplo, e não fala abertamente que considera o seu trabalho obra de arte, mas percebe-se que ele tem pretensões nesse campo. Mas ele não está sozinho, a polícia do mundo todo está investigando de onde vêm os corpos que o anatomista utiliza nas exposições.
Em 2004, a Sociedade Internacional de Direitos Humanos chegou a exigir, o fim da exposição itinerante que tem recolhido em todo o mundo severas críticas e rasgados elogios, briga que foi em vão. A arte de uma forma ou de outra, mostrando o belo ou o grotesco, sempre vai agredir, por isso, a exposição Corpo Humano como nunca se viu, de Von Hargens choca a todos. E claro, quem ainda tem dúvidas sobre o que pensar não perca a oportunidade de visitar a exposição na próxima vez que ela estiver no Brasil.
Em 2004, a Sociedade Internacional de Direitos Humanos chegou a exigir, o fim da exposição itinerante que tem recolhido em todo o mundo severas críticas e rasgados elogios, briga que foi em vão. A arte de uma forma ou de outra, mostrando o belo ou o grotesco, sempre vai agredir, por isso, a exposição Corpo Humano como nunca se viu, de Von Hargens choca a todos. E claro, quem ainda tem dúvidas sobre o que pensar não perca a oportunidade de visitar a exposição na próxima vez que ela estiver no Brasil.
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